por Joelma Ocanha Almeida
Olhando–se no espelho!! O que vês?!
Traços de uma mente perturbada ou ranhuras de uma pele acabada! O que vês? Vestígios de sanidade corrompida pela dor de uma sociedade insana.
Não, dificilmente terás olhos pra ver além desta mascara que foi acoplada a você desde tenra idade. Uma boa aparência, uma boa educação, a conveniência na situação.
Enquanto dentro de ti se debatem seu verdadeiro eu, com gana e ânsia, te torna um ser prolixo em seus anseios e falsas verdades que necessitas para interagir adequadamente a esta sociedade.
És fraco, digo, és frágil... mas preferes a amargura de apodrecer de seus psicossomas na velhice que viver a saudável loucura de encarar a verdade e dar a cara a tapa.
Ao não compreender do porque de alguns não envelhecerem diz: “O tempo foi generoso contigo”, “Tens sorte ou privilégio”...
De fato, o doce privilégio de ser oque se é, aceitar-se assim, amar-se, ser feliz, reconhecer-se no espelho e poder se ver inteiro e único. Heterogêneo a grande massa insólita e insossa!!!!
Em uma grande bruma branca, não sou mais um grão de areia que brilha ao sol.
Cuidado! Prefiro ser coral!
Joelma Ocanha Almeida escreve aos domingos.
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